Síntese e caracterização de espumas, películas e microesferas bio-híbridas

biohibridas magneticasUma das dificuldades ainda encontradas na área médica é o uso de fármacos em determinadas partes do corpo, de forma a não prejudicar outras. Pensando nisso, pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) desenvolveram estudos que permitem a liberação controlada de substância em locais específicos, sem afetar regiões que poderiam sofrer reações adversas.

 

As pesquisas resultaram em três patentes: Síntese e caracterização de espumas bio-híbridas magnéticas para liberação controlada de substâncias, Síntese e caracterização de películas bio-híbridas magnéticas para liberação controlada de fármacos e Síntese e caracterização de microesferas bio-híbridas magnéticas para liberação controlada de fármacos. Todas têm como inventores os pesquisadores Fernando Manuel Araújo-Moreira, Lígia Nunes de Morais Ribeiro, Ana Clécia Santos de Alcântara, Paulo Sérgio de Paulo Hermann Jr.

 

As três patentes estão relacionadas ao carregamento de diferentes tipos de fármacos em partes do corpo onde não é possível realizar. Além disso, há fármacos, como é o caso de anti-inflamatórios, que prejudicam alguns órgãos do corpo que não "precisam" dele. Nesse caso, os inventos carregam o fármaco diretamente para o local desejado e sem efeitos colaterais para o resto do corpo. O nanomaterial que permite o carregamento é um material nanoestruturado baseado em carbono, com propriedade magnética e com potencial de aplicação na nanobiotecnologia.

 

No caso das espumas biohíbridas, o grande diferencial é que o processo é simples, de menor custo, não origina resíduo e a forma e espessura da espuma podem ser planejadas e controladas. Estudos mostraram que as películas exibiram menor absorção de água e perfis de liberação retardado em função do tempo, além da resposta positiva frente à aplicação de um campo magnético externo. Pesquisas também mostraram a importância da utilização das microesferas baseadas em uma matriz bio-híbrida para a liberação controlada de fármacos indicados para administração por via oral. Cada uma delas pode ser utilizado em determinada forma: comprimido, creme ou implante.

 

Os inventos podem ser produzidos por empresas que trabalham com fármacos e se destacam pela eficiência, custo e efetividade por meio do uso de menos material e efeito mais prolongado.