Biodiesel por rota etílica

DSC01430Resolver o problema tecnológico relacionado à produção de biodiesel por rota etílica por meio da utilização de líquidos iônicos capazes de facilitar a separação do biodiesel produzido do subproduto é o principal objetivo da patente O Processo de produção de biodiesel e de biodiesel aditivado desenvolvida pelo coordenador Alcindo Aparecido dos Santos, ex-professor do Departamento de Química da UFSCar e atual professor do Instituto de Química da USP São Paulo e pelos alunos do campus da UFSCar de São Carlos Alexandra Macedo Wendler e Edison Perevalo Wendler.

 

O biodiesel é uma das alternativas mais promissoras ao combustível mineral. Ele tem a vantagem de ser menos poluente pois provém de fontes renováveis como o álcool e o óleo vegetal, matérias-primas abundantes no Brasil. Entretanto, a produção de biodiesel está baseada na utilização de álcool metílico (proveniente do petróleo) e, em parte, isso se deve a problemas tecnológicos dos processos atuais, quando o álcool etílico é utilizado. O processo de produção de biodiesel por rota etílica representa para o Brasil a possibilidade de ampliar a exploração comercial da cadeia de energia renovável, cujo consumo mundial é de crescimento. Além disso, ao contrário de outros tipos de combustíveis provenientes de matérias-primas caras e de difícil obtenção, o biodiesel por rota etílica é obtido em apenas uma etapa reacional e a partir de dois produtos consideravelmente baratos. Associado a isso, o liquido iônico é preparado no próprio óleo de soja que será convertido no biodiesel e resultará em um processo simples.

 

O diferencial desta patente com relação às outras formas de produção de biodiesel etílico empregando catalisadores comumente utilizados no processo que faz uso do metanol é a separação do biodiesel do subproduto (glicerina), por fazer uso de um catalisador cujas características garantem a separação da glicerina do biodiesel em grau de pureza adequado para uso. Ao final do processo, o glicerol com o catalisador, pode ser tratado com reagentes apropriados convertendo a glicerina a aditivos que permitem a obtenção de biodiesel aditivado. Além de deixar de ser um problema ambiental, a glicerina antes considerada um resíduo, passa a fazer parte da formulação do biodiesel produzido, implicando em um processo de alto aproveitamento atômico.

 

Para mais informações sobre esta patente, o contato poderá ser feito através da Agência de Inovação da UFSCar: inovacao@ufscar.br ou pelo telefone: (16) 3351 9040.