Alface Crocantela

 

CrocantelaUma nova cultivar do segmento da alface crocante, que tem porte grande e maior produtividade, mas resistente ao fungo Bremia lactucae, causador do míldio da alface, foi desenvolvida pelos pesquisadores Fernando César Sala e Cyro Paulino da Costa, do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da UFSCar e Eduardo do Amaral, recebendo a denominação de Crocantela. 


O cultivo e uso do segmento de alface crocante no Brasil ainda é recente, existindo, no momento, apenas duas cultivares comerciais dentro deste grupo. No entanto, há uma limitação do seu cultivo na época de inverno, visto que há uma alta incidência da ocorrência de míldio, o que resulta em grandes prejuízos aos produtores rurais. 


A Crocantela, que resultou de um processo de melhoramento clássico, no qual foi feito o cruzamento entre variedades da alface crocante e a americana, surge como uma solução para as perdas causadas aos agricultores, podendo ser recomendada para o cultivo nessa época do ano. 


Como principais características, ela apresenta folhas grandes, de bordos crespos e com coloração verde levemente escuro. Além disso, possui alto rendimento para cultivo em campo e sistema hidropônico, sendo ainda adaptada às condições tropicais de cultivo do Brasil, com altas temperaturas e pluviosidade. 


Atualmente, há o interesse dos melhoristas em realizar parcerias com produtores interessados no licenciamento não exclusivo da semente da Crocantela, denominada pelos pesquisadores como “irmãzinha da Brunela”, variedade licenciada em 2013. Futuramente, o programa de melhoramento de alface do CCA visa desenvolver outras variedades tropicais que tenham, somado às características de crocância, a resistência a uma determinada anomalia.