Redução do Cobre em Bebidas

foto 33Uma pesquisa desenvolvida na UFSCar deverá beneficiar o mercado da cachaça brasileira. Isso graças ao invento Processo para a redução de íons cobre de bebidas alcoólicas destiladas e processo para detecção de cobre nas ditas bebidas, que tem como inventores o pesquisador Joaquim de Araújo Nóbrega, do Departamento de Química (DQ), Eduardo Fausto de Almeida Neves, ex-docente do DQ; e Andréa de Oliveira, do Programa de Pós-Graduação em Química.


Na fabricação da bebida destilada, o que inclui cachaça, rum, gim, vodca e grapa, o cobre (II) é freqüentemente utilizado como material do destilador, tendo como principal função garantir o sabor característico. Conseqüentemente, a bebida é contaminada com cobre (II) durante a etapa de destilação. Além do mais, o cobre (II) pode catalisar a formação de etilcarbamato, produto cancerígeno, o que acontece durante o armazenamento.


Esse aspecto é tão sério que dependendo do país há uma legislação que limita o teor de cobre na bebida (na Europa é de 2 mg/l; no Brasil 5 mg/l), o que prejudica em muitos casos, a exportação do produto.


O processo patenteado resolve esse problema de maneira simples e com baixo custo. Logo após a destilação da bebida, inicia-se um outro processo em que são colocados os sólidos de carbonato de cálcio ou magnésio em contato com a bebida, e que, por meio de troca iônica, reduz o teor de cobre a menos de 2 mg/l. O tratamento pode ser também aplicado em bebidas envelhecidas.Vale ressaltar que o sabor da bebida após o tratamento proposto permanece inalterado.