Grafite Magnético

Arquivo 10_29Um processo químico simples e econômico que permite obter quantidades macroscópicas de carbono (grafite) magnético estável em temperatura ambiente. Esse é o resultado de um estudo que envolveu pesquisadores da UFSCar e da UDELAR (Universidad de la República), do Uruguai. O invento Processo de preparação de materiais grafíticos magnéticos e materiais assim preparados tem a co-titularidade das duas universidades e foi realizado pelos pesquisadores Fernando M. Araújo-Moreira, do Departamento de Física (DF), da UFSCar, e Álvaro Mombrú e Helena Pardo, ambos do Instituto de Física da Faculdade de Química da UDELAR.

 

O processo é simples porque se dá a partir de uma reação em uma atmosfera de nitrogênio e é econômico por usar reativos comerciais de baixo custo, o que viabiliza a sua fabricação e comercialização também por pequenas empresas.

 

O invento é baseado no ataque do grafite através de uma reação de oxidação-redução (redox) em fase de vapor. No caso do grafite magnético obtido somente há átomos de carbono e o magnetismo introduzido é suficientemente forte para que o material seja atraído por um ímã comercial à temperatura ambiente.

 

Do ponto de vista prático, esse material deverá permitir importantes aplicações em alta tecnologia, por exemplo, na nanotecnologia, sensores, detectores e atuadores, e também na medicina, telecomunicações, eletrônica, biosensores, catálises, entre outras. Do ponto de vista fundamental, o processo desenvolvido prova de maneira definitiva que a existência do magnetismo forte (ferromagnestismo) é uma realidade em sistemas puramente orgânicos.