Agência de Inovação da UFSCar realiza palestra sobre os processos de proteção e transferência de tecnologia na universidade

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                                                                                                                                      Patrícia Villar Martins fala sobre processos de gestão da inovação

 

No último dia 10 de setembro, a coordenadora de Propriedade Intelectual da Agência de Inovação da UFSCar, Patrícia Villar Martins, proferiu uma palestra sobre os aspectos processuais da proteção e transferência de tecnologia desenvolvida na universidade. O encontro fez parte da disciplina Gestão da Propriedade Intelectual, oferecida pelo Programa de Pós-graduação em Gestão de Organizações e Sistemas Públicos oferecido pelo Departamento de Engenharia de Produção da UFSCar.


Durante sua fala, Martins fez um breve histórico da Agência de Inovação, apresentando o organograma da instituição e as principais atividades desenvolvidas por cada um dos setores, bem como o papel da Comissão Especial de Propriedade Intelectual (COEPI), que tem a função de analisar e emitir parecer sobre a viabilidade técnica e econômica dos pedidos de proteção encaminhados à Agência. "Toda a documentação que a gente recebe vai para a COEPI, que faz uma análise e delibera se é a favor ou não da proteção. Com a aprovação da COEPI, nós partimos para a etapa de execução do processo", esclareceu.


Em seguida, a coordenadora detalhou os principais procedimentos realizados pela Agência na gestão da propriedade intelectual, que se inicia com a chegada de uma demanda por proteção e o preenchimento de relatórios, passa pela deliberação da COEPI e o consecutivo registro no INPI, e finaliza com a transferência da tecnologia protegida, quando a invenção é inserida no mercado.


Um dos aspectos enfatizados na palestra foi o relatório de busca de anterioridade, quando a Agência orienta o pesquisador a realizar uma busca em determinadas bases de dados internacionais, como o Escritório Europeu de Patentes (EPO), o Derwent Innovation e o Escritório Norte-Americano de Marcas e Patentes (USPTO), para verificar se aquela tecnologia já é existente. Segundo Martins, é o pesquisador a pessoa mais adequada a realizar essa busca, visto que ele detém o conhecimento técnico para avaliar se o invento disponível é similar ao que ele está propondo.


"Além disso, essa orientação serve para divulgar que a patente também é uma fonte de informação. Os cientistas estão acostumados a lerem artigos e raramente utilizam essas bases de dados como fonte. Os pesquisadores, principalmente aqueles que atuam em áreas técnicas, ficam deslumbrados quando conhecem essas bases", alega.


Martins finalizou sua palestra mencionando os projetos realizados, bem como os números atuais e os casos de sucesso, como a patente do papel sintético, as cultivares de alface Brunela, Romanela, Crocantela e Rubinela e o programa de computador SacI. Além disso, também foi apresentado o novo sistema de gestão, desenvolvido para ser utilizado internamente pela equipe da Agência, e informado que esta futuramente estará em um novo prédio.