Nanocompósitos

Novos métodos para a produção de nanocompósitos poliméricos são o foco das duas patentes desenvolvidas pelos pesquisadores Luiz Antonio Pessan, Suel Eric Vidotti e Paulo Rodrigo Alves Bernardo, do Departamento de Engenharia de Materiais e o pesquisador Antonio José Felix de Carvalho, do Campus Sorocaba da UFSCar.

A patente Processo para preparação, recobrimento e funcionalização de argilominerais e seu uso para a produção de nanocompósitos poliméricos e seus produtos resultantes, baseia-se na secagem rápida de uma suspensão de argila na presença de um ou mais polímeros solúveis no meio de dispersão das nanopartículas. O  material é obtido em forma de pó onde as lamelas da argila estão esfoliadas e recobertas pelo polímero utilizado na suspensão e que poderá ser incorporado com maior facilidade em uma matriz polimérica. O objetivo é a obtenção de compósitos poliméricos com maior módulo elástico, maior resistência mecânica, térmica, redução na permeabilidade (maior barreira) a gases e aromas, na inflamabilidade e aumento da processabilidade em fluxo cisalhante ou em deformação elongacional, como ocorre na extrusão de polímeros em filmes tubulares. Esses polímeros são encontrados, por exemplo, em celulares, canetas, copos plásticos, partes e peças para veículos, embalagens para alimentos etc.

Já a patente Processo para preparação de nanopartículas revestidas de dióxido de titânio e/ou outros óxidos metálicos e preparação dos seus nanocompósitos em matrizes poliméricas emprega o mesmo processo de secagem, porém, trata-se de um encapsulamento de nanopartículas a partir de uma suspensão coloidal por meio de um processo de atomização e evaporação do solvente. A dispersão das partículas é muito superior às técnicas empregadas atualmente. Nanocompósitos funcionais com propriedades de fotodegradação e função biocida podem ser obtidos. Esses nanocompósitos podem ser aplicados em diversos setores como, por exemplo, de materiais anti-chamas, filmes para a agricultura, embalagens para alimentos, sensores etc.