Descontaminação PET

foto 16Trata-se de um processo de descontaminação do PET pós-consumo reciclado, visando sua aplicação em contato direto com alimentos e bebidas. Em linhas gerais, esse é o resultado do invento Processo de descontaminação de poliéster reciclado e uso do mesmo, desenvolvido pelos pesquisadores Sati Manrich e José Augusto Marcondes Agnelli, professores do Departamento de Engenharia de Materiais (DEMa), e Amélia Severino Ferreira e Santos, doutora pelo Programa de Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais. O invento tem a titularidade da UFSCar e da FAPESP.

 

O PET, ou seja, o poli (tereftalato de etileno), um poliéster saturado, é utilizado com freqüência na fabricação de embalagens de alimentos e bebidas e também para o armazenamento de óleo e materiais de limpeza. Processos super clean (processos de reciclagem mecânica envolvendo descontaminação de plásticos pós-consumo para aplicação na indústria de alimentos) possibilitam o retorno desses frascos às suas aplicações originais. Atualmente são utilizadas algumas tecnologias super clean no exterior, mas em relação a esses processos, o desenvolvido na UFSCar diferencia-se principalmente por três fatores: tem menor custo, é mais rápido e é genuinamente nacional.

 

O processo, que pode ser utilizado por qualquer empresa, inclusive pelas micro e pequenas, dependendo das condições do resíduo pós-consumo, dá-se da seguinte maneira: ele remove os contaminantes de flakes (flocos do material moído) de PET limpo utilizando atmosfera controlada. A descontaminação ocorre principalmente sobre materiais tóxicos.

 

O invento atende às normas oficiais de agências internacionais reguladoras de alimentos como a FDA (Food and Drug Administration) e o ILSI (International Life Sciences Institute).