Sinterização de Cerâmicas

Diminuir o tempo de queima da cerâmica em mais de 90% e reduzir o gasto de energia utilizado no processo de sinterização do material são alguns dos resultados do invento Composições para susceptores externos e susceptores externos obtidos para sinterização de cerâmicas em microondas. São os inventores a pesquisadora Ruth Herta Goldschmidt Aliaga Kiminami, do Departamento de Engenharia de Materiais (DEMa) e os pós-graduandos Romualdo Rodrigues Menezes e Pollyane Márcia de Souto.

As cerâmicas, em sua maioria, quando colocadas no forno de microondas não absorvem a radiação de microondas por serem “materiais transparentes”. Contudo se levada ao forno de microondas dentro de um susceptor, a cerâmica tem suas propriedades modificadas quando aquecida em baixas temperaturas e após atingir uma temperatura crítica (que varia de material para material) a cerâmica passa a absorver a energia de microondas mais eficientemente e aquece rapidamente. Os susceptores têm como principal propriedade absorver com facilidade a radiação de microondas e aquecer a cerâmica para que atinja sua temperatura crítica.

O invento desenvolvido na UFSCar inova ao criar um susceptor mais resistente, com maior durabilidade e que consegue aquecer materiais cerâmicos que necessitam de temperaturas muito altas. Enquanto no forno convencional a queima da cerâmica leva horas, no processo utilizando o susceptor e forno de microondas, não se ultrapassam 30 minutos. Além do tempo mais curto de sinterização, as cerâmicas queimadas nesse novo processo são mais homogêneas e os tamanhos dos grãos são menores, resultando em maior resistência mecânica.