Degrau ergométrico portátil para análise de exercício físico

Degrau ergométricoUm ergômetro simples e de baixo custo, com a possibilidade de incluir tecnologia registrando o desempenho físico do indivíduo para tratamento e análise destes sinais para avaliação e prescrição de exercício físico em inúmeras populações é resultado da patente de invenção da UFSCar Degrau ergométrico portátil com registrador de passos e software para análise de desempenho no exercício físico, desenvolvida pelos pesquisadores Audrey Borghi Silva do Departamento de Fisioterapia (Dfisio), Daniel Braatz do Departamento de Engenharia de Produção (DEP), André Di Thommazo do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, campus São Carlos (IFSP) e pelos colaboradores Luciana Di Thommazo Luporini, Gislaine Ferreira Gonçalves, Jefferson Rodrigo Santos Pedro, Pedro Northon Nobile, Robson de Paula Teixeira, Vanessa Fernandes e Vinicius Valls Blanch Maimone Santos Zhu.


A patente se refere a uma ferramenta útil para avaliar o desempenho físico que integra um sistema de sensores, captando e registrando o desempenho por meio de contagem dos passos subidos no degrau. A partir destes sinais (número de passos, tempo de subida e descida, ou seja, os ciclos dos passos) é possível avaliar o desempenho físico. Além disso, o software incluso no sistema permite obter uma plataforma amigável de entrada de dados do indivíduo, selecionando diferentes protocolos de testes de degrau já descritos na literatura.


Dessa maneira, os dados de desempenho são armazenados e podem ser tratados posteriormente. O degrau também contará com plataformas de força independentes para cada pé, onde será possível obter parâmetros de distribuição de peso durante o teste – um recurso interessante para pacientes que necessitam de reabilitação física ortopédica e neurológica.


Segundo uma das inventoras, Audrey Borghi Silva, a ideia da invenção surgiu da necessidade de incluir tecnologia a um teste de degrau simples em um projeto de pesquisa desenvolvido por ela e sua aluna Luciana Di Thommazo Luporini. Naquele período, as pesquisadoras haviam pensado que a contagem de passos manual exigia um examinador a mais nos testes. “A partir de então, outras necessidades foram surgindo e assim unimos um grupo de pesquisadores para desenvolver mais tecnologia ao sistema”, afirmou. Na ocasião, elas contaram com a ajuda dos pesquisadores Daniel Braatz Antunes de Almeida Moura, Pedro Nobile e Andre Di Thommazo para o desenvolvimento do produto, do hardware e do software, respectivamente.


Levando cerca de quatro anos para ser desenvolvida, desde a ideia do novo sistema até o protótipo final, o diferencial desta invenção é que não há outro sistema disponível no mercado que inclui a tecnologia de aquisição de desempenho proposta nesta invenção. O que existe atualmente é apenas um degrau composto de vários materiais.


A patente do protótipo foi registrada e incluída na versão final da tese de Luciana Di Thommazo Luporini. Audrey afirma que, com ela, foi possível ganhar dois prêmios em congressos com trabalhos utilizando o teste do degrau, que foi avaliado em indivíduos saudáveis e em diferentes graus de obesidade. No entanto, o protótipo ainda não está disponível, porque há a necessidade de apoio financeiro e parceria com empresas específicas para que o produto atinja o mercado. “Esperamos testá-lo em outras populações assim que o protótipo completo estiver concluído”, finalizou.